Os três cãezinhos simpáticos não aparaceram no parque, mas quase: nasceram numa comunidade próxima à área florestal onde atuamos, a mesma de onde já encaminhamos para adoção diversos outros, em histórias contadas aqui.
Tom |
Tina |
Théo |
Mas esse caso era um pouco diferente. Além de estar acontecendo ali, ao lado do parque, nos foi apresentado pela Rosana, que conhecemos um ano atrás em situação idêntica (encaminhamos sete filhotes nascidos na casa dela) e que se tornou uma divulgadora na comunidade de uma boa cultura em relação a animais: principalmente sobre castração.
O seu Sebastião, 84 anos e o desejo sincero de fazer a coisa certa. |
Sol, mãe dos cachorrinhos, também foi castrada. |
A orientação foi a de sempre: os filhotes deveriam ser castrados e ele mesmo deveria providenciar isso, através do programa permanente e gratuito da prefeitura de São Paulo - que segue sendo algo desconhecido da maior parte da população. Mais ainda: para que encaminhássemos os filhotes, ele deveria também castrar a mãe deles, caso contrário o 'evento' poderia voltar a acontecer dentro de pouco tempo.
E ele fez tudo corretamente, tudo certinho: retirou as guias na prefeitura, nós agendamos para ele as castrações na clínica de nossa confiança e, no dia marcado, ele mesmo, com auxílio de um vizinho, levou os cães para que fossem operados. Depois, cuidadoso, os medicou no pós-operatório conforme a orientação da veterinária.
À essa altura, Tom, Tina e Théo, os três alegres cachorrinhos com jeito de labradores em miniatura, já tinham um anúncio com vídeo clipe feito especialmente pra eles:
Nas semanas seguintes, como desejou o seu Sebastião, os filhotes chegaram a lares onde eram desejados e onde seriam, cada um, o único animal da casa.
A Gislaine e sua família adotaram o Tom, em 21.07.2012. |
A Vanessa adotou o Théo no dia 22.07.2012. |
Nós cobramos, sempre que temos oportunidade, do Poder Público - em especial da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo - medidas que evitem, na origem do problema, que animais negligenciados ou abandonados acabem se fixando em parques públicos.
O discurso é sempre o mesmo: cães e gatos não brotam da terra. Para evitar o impacto às áreas florestais protegidas, é necessário que se faça um trabalho amplo e continuado nas comunidades de seu entorno.
Mas nós não estamos apenas discursando. Nós estamos fazendo - e, didaticamente, mostrando o caminho. Nós, que somos um reduzido grupo de pessoas físicas, sem patrocínio, sem verbas e sem preparo 'técnico', conseguimos fazer.
Essa não foi a primeira e, certamente, não será a última ação desenvolvida pelos Cães do Parque para além dos portões da instituição pública, justamente evitando que o problema chegasse até lá. Sim, pois não faltaram vizinhos que "aconselhassem" o senhor Sebastião a livrar-se dos cãezinhos no parque, que, afinal, fica ali do lado mesmo e é muito normal fazer uma coisa dessas.
Não sã0o vira-latas. São cães "customizados. Ou genéricos.
ResponderExcluirRealmente muito bom o trabalho deste grupo, pois se preocupam e fazem de tudo para dar um lar a esses fofuxos...PARABENSSSSSS
ResponderExcluirLINDOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
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