Por Os Cães do Parque
O casal de filhotes basset, possivelmente irmãos, de aproximadamente 8 meses de idade, pertencia a uma candidata a criadora de fundo de quintal. Ela os havia comprado na expectativa de obter lucro, transformando-os em máquinas de fazer filhotes.
Então aquelas pessoas que vendem filhotes em praças públicas e até mesmo os petshops, que expõem filhotinhos de cães de raça em gaiolas (alguns com um mês de vida), estão praticando atividades ilegais?
Grande parte do trabalho realizado pelos protetores de animais é limpar a sujeira causada pelos criadores e comerciantes ilegais, pessoas que - com raríssimas exceções - não têm qualquer escrúpulo para entregar um cão ou gato a quem quer que seja, desde que lhe seja pago o preço pedido.
Mas, se existe essa lei, por que ainda há o comércio?
Para denunciar um comerciante ilegal de animais domésticos, diz a lenda que deve-se ligar para o número 156 da prefeitura de São Paulo. Ou direto para o CCZ: (11) 3397-8955 ou 3397-8956.
A candidata a criadora ilegal foi convencida a entregar os cãezinhos, que foram imediatamente castrados: dessa maneira eles jamais seriam pretendidos por quem quer que fosse como fonte de renda.
Desse tipo de adotante queremos distância.
Através de contatos pessoais, sem muita dificuldade, chegou-se a uma boa adoção para os pequenos: em 08 de Julho de 2012, o Cláudio e a Clara os receberam em casa, no município de Nazaré Paulista, para onde foram levados com o apoio dos colaboradores Heloísa e Wesley.
Batizados como Nina e Tufão, os cachorrinhos agora têm tudo para terem vidas longas e felizes, sendo apenas animais de companhia para as pessoas que os acolheram. Melhor ainda que isso, jamais contribuirão para a geração de filhotes e nem para os lucros de gente inescrupulosa.
E para as pessoas cuja cegueira ainda impede de enxergar o óbvio e que insistem em ver o trabalho voluntário dos protetores de animais como esforço inútil de gente maluca, que ao invés de animais, deveria ir cuidar das criancinhas, etc, etc, dizemos sem medo de errar: o que fazemos é por amor, sim, mas também é política pública.
Política pública realizada com mãos (e bolsos) privados.
Nós preenchemos a lacuna deixada pelo poder público que, lento, incompetente, omisso e muitas vezes corrupto, não cumpre - nesse assunto, como em tantos outros - aquilo que é sua obrigação legal.
PARABENS AOS ADOTANTES...........FATIMA ANGELO
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