Primeiro aniversário do site - 3a. parte

Por Os Cães do Parque




Quando essa história toda começou, apenas cuidávamos de uma pequena população de cães fixada em um parque público e não tínhamos a mais remota ideia de que passaríamos a fazer adoções de forma, digamos, "profissional". Aprendemos fazendo, como em tudo o que se refere a esse trabalho, sem nenhum preparo prévio.

Não participamos de feiras de adoção: não gostamos da ideia de ter animais expostos e nem temos aparato logístico pra participar de eventos desse tipo. O manejo das redes sociais e, mais tarde, de nosso próprio site é o que tem garantido que essa máquina de arrumar casa pra cachorro e gato funcione. 

Todos os candidatos a adotante respondem a um pequeno questionário com informações básicas. Se gostamos, se achamos que o perfil da pessoa tem a ver com o do animal e que as condições dela são adequadas, telefonamos e questionamos um pouco mais. A experiência foi nos mostrando que tipo de coisa (e de que forma) deveríamos perguntar. Não é nada muito científico: vale muito mais o "feeling", gostar, simpatizar, sentir confiança.

Temos acertado quase sempre: é muito baixo o índice de decepções com adotantes até aqui. A imensa maioria das pessoas acabam se tornando amigos e mantendo contato pelas mesmas redes sociais através das quais viram os anúncios dos bichos.

Os Cães do Parque é uma entidade virtual, que só existe por causa da internet. Mas os animais e o caminho que percorrem até chegar a seus lares, têm histórias bem reais.



Amora (Pepita)

Ela não teve nada a ver com o parque. Em Outubro de 2011, toda bobinha, toda pequenininha, foi vista zanzando por uma rua movimentada, entre os carros, na direção de uma avenida. Pegá-la deu trabalho. 

Ficou "guardada" por duas semanas, sem que um mísero cartaz de "procura-se" aparecesse pelo bairro. Anunciada para adoção, logo apareceram o Guilherme e a Thays, que não nos deram sequer chance de ter dúvidas de que a Pepita seria deles. 

Ela virou Amora e tá ótima.
Um dia desses ficou doentinha porque deve ter engolido alguma porcaria e tinha que ver o corre-corre desses dois pelos veterinários, parecendo mesmo pais de um bebê. Não era nada de grave.

(Agora vou confessar: um dia antes de entregá-la, com tudo combinado com os adotantes, eu ACHEI os donos dela. Uma gente esquisita, numa casa toda caindo aos pedaços, que não tava nem aí com a cachorrinha. Desconversei, saí de fininho. Nunca mais apareci. Entreguei-a aos adotantes. Não me arrependo. Julguem-me.)

Amora, que era Pepita, confirma: tô muito melhor aqui, oquei?



Sunny (Mila)

Ela é a irmã menor de Nara e Suzi, que foram morar no Rio de Janeiro: as três foram "esquecidas" no estacionamento do parque, numa caixa de papelão.

Eram três pestinhas, que não paravam quietas um segundo. Fotografá-las parecia uma missão impossível, até que alguém apareceu com um pijaminha estranho, que só cabia da Mila porque ela era a menorzinha. 

Bingo! De pijama ela ficou quieta (ou meio paralisada, não importa). As fotos ficaram ótimas e ela logo foi adotada pela Mariana, que a rebatizou como Sunny, em Junho de 2011.

Sunny, com o providencial pijaminha em 2011 e hoje, com a Mariana.



Billy Jonas

Esse sujeitinho virou "Cão do Parque" por pura obra do acaso, no começo de 2011. Chegado até nós por caminhos muito tortos, o Billy - um autêntico vira-lata brasileiro, todo charmoso com suas perninhas longas - foi anunciado e imediatamente adotado pela Gabriela, em Março de 2011.

A Gabi agora diz que ele tem nome e sobrenome: chama-se Billy Jonas.

Billy, em Março de 2011 e hoje, curtindo seu ossão.



Boneca (Tita)

Eram cinco as gatinhas abandonadas num matagal do parque no fim de 2011. Um vigia as encontrou, as recolheu todo cuidadoso e as trouxe até nós. O pessoalzinho mais humilde do parque, os das empresas terceirizadas, é super parceiro: curtem saber que os bichos abandonados que eles encontram são encaminhados. 

A gatinha black and white, ligeiramente estrábica e com uma charmosa manchinha no nariz foi a primeira a ser adotada, em Janeiro de 2011. Ela se chamava Tita, mas a Alessandra e a Ingrid a rebatizaram como Boneca

Boneca foi incorporada ao elenco felino delas e deve estar levando aquela vida "difícil" dos gatos de apartamento.

Alessandra e Ingrid com a Boneca: ser gato de apê é muito difícil!



Bella (Yara)

Eram sete cãezinhos nascidos numa comunidade ao lado do parque, numa história contada em Agosto de 2011.  A pretinha gorduchinha chamava-se Yara e adoção dela se deu por obra do twitter: a Flávia viu a divulgação, ela morava pertinho e tudo foi combinado rapidamente.

Yara passou a se chamar Bella e, desde então, nunca mais saiu das redes sociais, pois está sempre aparecendo em fotos elegantemente trajada e exibindo seu pelo pretinho e sempre muito brilhante. Um luxo de cachorrinha.

A Flávia com a Bella, cada vez mais bela.



Bidu

Esse passou um perrengue. A família se mudou e o deixou para trás, numa casa abandonada, caindo aos pedaços e com o proprietário achando que a solução era chamar a carrocinha: e ele lamentou muito ao saber que carrocinha não existe mais.

Tirado dos escombros do que um dia havia sido o seu lar, o Bidu - esperto, gordinho e fotogênico - logo chamou a atenção do Cândido. Em Dezembro de 2011 ele se mudou de mala e cuia pra uma casa bonita e pra ser filho único de um pai carinhoso.

Pras pessoas que o abandonaram, ele tem um recado: 

- Tô melhor que vocês agora. Beijo.


Bidu com o Cândido: que vida dura!



Agradecemos a todos que estão enviando fotos atualizadas e também aos que publicam no Facebook de onde podemos roubar.

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