Pituca, Caramelo, Pipoca

Por Os Cães do Parque

No início de Setembro de 2010, mal a Julie e seus filhotes deixaram o quintal da administração, uma nova grávida surgiu no parque. Funcionários nos falaram sobre uma cachorrinha prenhe, vivendo num local fora da área de visitação do parque, sob administração da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo e controlada por policiais militares.

Fomos até lá vê-la e era nítido que a pequena cachorrinha preta estava em fase final de gestação. Não havendo como abrigá-la com segurança naquela área, a Soraia aceitou a empreitada de levar a pequena grávida para casa, até que as crias nascessem e fossem adotadas. 

No dia 04 de Setembro, com a ajuda dos policiais, a capturamos: dado o seu estado, a cachorrinha era muito arredia.





Abrigada e em segurança, a Pituca, como foi batizada, teve suas crias apenas quatro dias depois. Passou mais de 24 horas em trabalho de parto, durante as quais teve cinco filhotes. Mas três não sobreviveram ao parto: provavelmente por serem grandes demais, sufocaram-se na tentativa de nascer. Problema comum entre cães que cruzam sem controle nas ruas: se uma cadela pequena cruza com um cão muito maior que ela, a possibilidade de gerar filhotes de tamanho desproporcional é muito grande, o que pode ocasionar a morte das crias durante o parto e até mesmo da mãe. 

As duas sobreviventes do longo e difícil parto - duas fêmeas - permaneceram ao lado da mãe e apenas dois meses e meio depois, após serem castradas, começaram a ser anunciadas para adoção.

 

No dia 03 de Dezembro, a cachorrinha Caramelo foi adotada pela Cíntia, que a rebatizou como "Mel". E Pipoca foi adotada pelo Felipe Peres no dia 24 de Dezembro.

 

Quanto a Pituca, a idéia era também encaminhá-la para adoção, tão logo suas filhas fossem adotadas. Contudo, ela, depois de também esterilizada, acabou ficando e integrando-se ao grande e variado "elenco" animal da casa da família da Soraia - e tornou-se companheira de outro resgatado do parque, o pitbull Johnny.

Colaboraram nessa ação a Gláucia Santiago e o Dr. Alcebíades Custódio, que custearam as despesas de castração das três cadelinhas.