Coração e Villie

por Os Cães do Parque


Em 07 de novembro de 2010, "esquecidos" dentro de um caixa deixada numa calçada, a Alessandra encontrou dois bebês gatinhos, um macho e uma fêmea. Miudinhos, aparentavam um mês de vida.


Recolhidos e abrigados na casa-abrigo da Soraia, logo notou-se a peculiaridade: a gatinha tinha na pelagem, uma mancha em forma de coração.
Sempre juntos, os dois irmãos permaneceram algumas semanas sob os cuidados da experientíssima gateira, Dona Marina, mãe da Soraia. 

E foram anunciados para adoção na internet.





Enquanto aguardavam por seus lares definitivos, os dois bebês tiveram suas noites de sono vigiadas pela Lola, imensa basset-hound de quase 40 quilos, que se entende muito melhor com gatos do que com outros cães...

Também fizeram amizade com a cachorrinha Tucha, que como eles, aguardava adoção.



Por fim, foram adotados. Em 20 de novembro, a gatinha Coração foi entregue à Gláucia, funcionária do parque e nossa colaboradora. Em 27 de novembro, em contato feito pela internet, o gatinho - batizado de Villie - foi adotado pelo Gabriel que, como queria adotar dois, ainda levou um outro, entregue por uma protetora do bairro.

Feijão

por Os Cães do Parque


Essa história também não aconteceu no parque.

Vizinhos de uma construção, irregularmente habitada, denunciaram que um cachorrinho sofria maus tratos. A colaboradora Maria Luiza negociou com os "donos", convencendo-os a entregá-lo, caso houvesse um adotante. Com a aceitação deles, tratamos de divulgar rapidamente.

A montagem de fotos do belo cãozinho marrom e de olhos verdes, "bombou" no twitter, atingindo mais de 11 mil acessos em poucos dias.


Tão logo definiu-se o adotante, tratamos de resgatar o cachorrinho da precária moradia e desaparecer com ele do lugar, enquanto tomávamos as providências necessárias. Uma vizinha o abrigou temporariamente por três dias, até que fosse castrado. Depois, seguiu para os cuidados da Soraia, dos Cães do Parque, onde se recuperou rapidamente. 

Em 28 de novembro de 2010, uma semana após ser resgatado da construção, ele foi entregue, a muitos quilômetros de lá, para a Anna e a Fernanda, que lhe deram o nome de ... Feijão.

Essa ação pode servir de exemplo para muitas outras.

Ao saber que um cão está sendo maltratado, melhor do que "denunciar" ou espalhar apelos sem sentido pela internet, é melhor negociar, como fosse o caso de um refém, sob o jugo de um sequestrador.

Mas é preciso estar preparado para fazer a coisa certa, encaminhar o animal castrado e saudável, para pessoas responsáveis. Caso contrário, só se estará mudando o problema de lugar.


Colaboraram nessa ação: Maria Luiza (que negociou), Vera (que abrigou), Mônica e Janice (que pagaram a castração), os imprescindíveis twitters (@vanifacts, @marcelomedici, @QueridoCachorro, entre outros) e o site Animais para Adoção, que divulgaram.

Tucha

por Os Cães do Parque


A linda cachorrinha, encontrada abandonada na rua em Outubro de 2010, chegou muito pequena, com certamente menos de um mês de vida. Um casal conhecido logo encantou-se com ela e, mesmo sem poder levá-la para casa de imediato, a apadrinharam e custearam despesas de castração e vacinação. Por ter padrinhos e adoção confirmada para breve, Tucha acabou ficando no lar temporário dos Cães do Parque mais tempo do que é normal.

Convivendo com vários cachorrinhos e gatinhos sendo preparados para adoção, protagonizou cenas cativantes de amizade e brincadeira. Como na sequência abaixo, com o gatinho Villie:

Como cães e gatos ...
Gorduchinha, comilona e arteira, ficava ainda mais graciosa a medida em que crescia. Apesar de ter sua adoção já dada como certa, sempre comentávamos que, caso a anunciássemos na internet, choveria interessados em ficar com ela.

Mas eis que, por problemas pessoais, seus padrinhos de primeira hora acabaram não podendo adotá-la, o que fez com que, já aos 5 meses, fosse anunciada no twitter e no blog Animais para Adoção e confirmasse todas as expectativas.


Tucha acabou sendo a recordista de interessados, desde que começamos a promover adoções: ao todo, foram 26 pretendentes em poucos dias, o que nos colocou na situação mais desejada por todo protetor - a de escolher o adotante. 

Para fazer isso, após receber informações dos candidatos, com o preenchimento de um questionário básico, levamos em conta vários fatores para tentar escolher o adotante mais adequado ao perfil do animal.

A disputa pela cobiçada cachorrinha acabou sendo vencida pela Fátima, que a recebeu em 19 de Fevereiro de 2011.

Temos razões para acreditar que a escolha foi correta e que a alegre Tucha está em ótimas mãos.






Shay

por Os Cães do Parque


Uma ação toda executada fora do parque.

Uma conhecida resgatou um filhote abandonado na rua e pediu que a Soraia, dos Cães do Parque, o "levasse" ...

- Calma, moça! Não é assim que funciona. Nós não recolhemos animais. Se você o resgatou, lhe daremos toda a assessoria para que ele seja encaminhado corretamente para a adoção. E acharemos um adotante.

E assim aconteceu. 

A pessoa que o resgatou, o abrigou pelos dias necessários e pagou a castração, realizada na clínica veterinária que nós indicamos. 

Enquanto isso, a postagem do charmoso cachorrinho marrom e de olhos verdes fazia muito sucesso no twitter. Muitas pessoas o quiseram.



Lá de Pernambuco, a twitter @ viu as fotos dele e mostrou para o Raul, amigo dela de Campinas, que estava procurando um cão pra adotar. O Raul entrou em contato por e-mail e nós gostamos dele.

No dia 20 de Novembro de 2010, ele veio a São Paulo buscá-lo.

Proteger animais pode não ser simplesmente recolher todos para dentro de casa e tentar, inutilmente, resolver todos os problemas sozinho. Muitas pessoas que se deparam com animais abandonados têm vontade de ajudar, mas não sabem como. A função de quem é protetor também é a de orientar, espalhando a experiência, transferindo conhecimento e auxiliando no que for necessário.


Assim aconteceu nessa ação.


Quanto ao belo cachorrinho, foi morar em Campinas com o Raul e recebeu o nome de Shay.

Bilu

por Os Cães do Parque

Foto: 2013


Cãozinho macho, de pelo longo, pequeno porte, não castrado e já velhinho. Um pouco invocado, não aceita muito bem a aproximação de outros machos. 

Vive sozinho num setor específico da área administrativa do parque, onde recebe atenção e alimento de alguns funcionários. Jamais é visto na área de circulação de público.

Sua história é conhecida: ele foi deixado no parque por um funcionário da própria instituição que ali residia; ao ser desligado de suas funções e, por isso, deixar a residência funcional que ocupava, deixou para trás seus dois cães: o Bilú e a Mel, que viveu no parque por cerca de dois anos e morreu em 2010.

A ocupação de parte considerável do parque estadual com moradias funcionais, algo que fazia sentido há algumas décadas, quando o local era considerado distante e quase isolado do resto da cidade, é hoje em dia a maior causa de desequilíbrios na área, inclusive no que diz respeito a animais domésticos.



 


Pretinha

por Os Cães do Parque


Tão tímida e medrosa, que até fotografá-la é algo difícil de conseguir. Embora costume acompanhar os "sociáveis" Panqueca, Dalila e Gorda, mantém "distância segura" de praticamente qualquer ser humano, não permite afagos e nem gosta de brincadeiras. 

Tratar dela (costuma ter lesões de pele) é uma tarefa extremamente difícil e tentativas de fazer curativos já proporcionaram algumas hilárias - e quase sempre mal sucedidas - "caçadas" pelo parque.

É uma cadela jovem, de pelo negro e brilhante, de porte médio e com certeza castrada: sabemos disso apenas por vê-la no parque há muito tempo e jamais termos observado que estivesse no cio.


NOTA: Pretinha morreu. E morreu de forma insólita, atropelada por um carro - de funcionário ou de prestador de serviço - na noite de 09 de Fevereiro de 2011. Não conseguimos (ainda) apurar como se deu tal fato ou quem foi o responsável por ele. Mas é inacreditável - e revoltante - que animais (sejam silvestres ou cães) sejam atropelados no interior de uma área de conservação, onde veículos deveriam circular em baixíssima velocidade e conduzidos com extrema prudência. Como mencionado em outras postagens deste site, a falta de consciência e o descaso dos que mais deveriam dar exemplo - funcionários da instituição pública - são os maiores empecilhos que enfrentamos na realização do nosso trabalho voluntário.

Menina

por Os Cães do Parque

foto: Julho/2012

É um dos cães do parque originais: já estava lá quando tudo começou, em 2009. Precisar sua idade é impossível, mas é provável que já tenha passado dos 10 anos.

Quando a conhecemos já era castrada: protetores, que hoje conhecemos e que já atuavam eventualmente na área do parque, tomaram essa providência há muitos anos.

Menina tem residência fixa na empoeirada área do estacionamento nos fundos do parque, onde é protegida dos guardadores de carro e recebe alimentação diariamente. Muito raramente é vista passeando por outras áreas.

foto: Julho/2012

É mansa, tímida e muito pacata: para encontrá-la, muitas vezes é necessário vasculhar os veículos do estacionamento, pois é debaixo deles que ela se abriga para suas longas sonecas.

Não tem nenhum histórico de doenças ou acidentes, pelo menos que tenhamos conhecimento: é mais um prodígio de resistência, vivendo por conta própria em um lugar onde aprendeu a se virar sozinha, a conseguir alimento e a se proteger do frio e da chuva. O parque é sua casa e lá ela deverá permanecer até o final de seus dias. 


texto atualizado em Novembro/2013

 


Gorda

por Os Cães do Parque

Foto: Fevereiro/2012


Cadela idosa, de porte grande e castrada - não sabemos por quem, mas provavelmente por alguns dos protetores independentes e anônimos que sempre atuaram silenciosamente na área do parque. 

Quando a conhecemos, em 2009, Gorda já era velhinha. Hoje, pelo que dizem os funcionários mais antigos, deve ter cerca de 15 anos de idade. Os mesmos funcionários relatam que, no parque, ela teve crias - e algumas crias: em um tempo em que quase ninguém, em uma instituição pública voltada, entre outras coisas, à educação ambiental, tinha olhos para os cães que ali viviam em situação de abandono.

Extremamente pacífica, mansa e sempre faminta. 

Foto: Agosto/2013



Até meados de 2010, era vista invariavelmente na companhia de um cãozinho macho, a quem alguns chamavam de Steak. Surgiam na área de circulação de público do parque apenas eventualmente, principalmente aos domingos, quando a presença de pessoas fazendo pique-nique ou churrasco os atraia: procuravam comida juntos.

Steak, que também era velhinho e aparentemente até um pouco cego, desapareceu, provavelmente morreu em alguma parte da gigantesca área do complexo florestal e jamais foi encontrado 

Desde então, Gorda é bastante solitária: embora passe boa parte do tempo próxima de onde costuma estar a dupla Panqueca e Dalila (recebe atenção e alimento dos mesmos funcionários que eles), não consegue acompanhá-los em suas andanças pela área florestal.

Em seu cotidiano, há até bem pouco tempo, constava invariavelmente deitar-se para dormir, todo fim de tarde, no imenso gramado (foto acima) fora da área de uso público, mesmo no inverno, mesmo em noites chuvosas. Ultimamente, porém, nem sempre ela tem sido vista em seu dormitório gigante: o gramado fica na parte mais alta do parque e temos notado que ela, que já caminha muito lentamente, tem tido dificuldade de chegar até lá. 

Um prodígio de resistência, com toda uma longa vida quase por conta própria, em um ambiente muitas vezes hostil, é muito provável que esteja, bem lentamente como é seu jeito, se despedindo do parque.



texto atualizado em Novembro/2013 


Panqueca e Dalila

por Os Cães do Parque


Conhecidos pelos nomes por todos os funcionários (e até por muitos frequentadores) do parque, extremamente populares, circulam por toda a área do complexo. Quase sempre, estão na companhia de Gorda e Pretinha.

Panqueca é um machinho jovem, magrelo, esperto e engraçado. Não é castrado e, vez ou outra, arruma brigas com outros machos. Dalila é castrada (por iniciativa de uma protetora que é funcionária do complexo), muito mansa, bastante tímida.

Embora haja versões discordantes sobre a história dos dois, a mais comum é de que Panqueca é filho de Dalila. Ela teria parido no parque e os outros da ninhada teriam sido adotados.

Nos contaram que uma pessoa, frequentadora do parque, tentou adotar o divertido Panqueca - mas que ele fugiu, encontrou o caminho de volta e reapareceu por lá. Acreditamos na história.

Dalila, por seu temperamento calmo, pode com certeza ser adotada e ser uma ótima cadela de companhia. Mas gostaríamos muito que os dois pudessem, um dia, ser adotados juntos.

Mel

por Os Cães do Parque




A história da Mel, conhecemos bem.

Ela era de um ex-funcionário residente do parque que, ao deixar o emprego e, por consequência, a casa que ocupava, deixou-a para trás. Hoje conhecemos bem essa realidade: os funcionários da instituição pública, que deveriam - mais do que ninguém - dar o exemplo, são os maiores causadores de problemas com relação a animais domésticos no complexo florestal.

Mel ficou abandonada no parque, mas foi castrada por uma protetora e, logo, afeiçoou-se a um dos vigilantes que passou a seguir por toda parte. Assim, viveu no parque por mais de dois anos. Velhão, pelo menos durante o tempo em que conseguia acompanhá-la em suas longas caminhadas, era seu companheiro constante. Também dava-se bem com as inseparáveis Loirinha e Dentinho. Quando os conhecemos, há quase dois anos, esses quatro "moravam" juntos, sob a marquise de uma das construções do parque.

É curioso - e encantador - notar como os cães, quando abandonados e sem uma proteção humana, criam entre si claros laços de amizade, ainda que tenham tamanhos e origens diferentes. Vivendo juntos, protegem-se, têm mais confiança, sentem menos medo.

Mel tinha o péssimo hábito de perseguir bichos silvestres. Certa vez, matou um gambá. Por pura diversão, incomodava os quero-queros que fazem ninho nos gramados. Algumas vezes apareceu com o focinho crivado de espinhos de ouriço. Na última vez em que isso aconteceu, foi tão grave que teve que ser levada, a nosso pedido, para o hospital veterinário da Unip - onde foi sedada para que espinhos alojados dentro da boca pudessem ser removidos. Ultimamente também estava se metendo perigosamente com as capivaras.

A despeito do tamanho e dessa aparente vocação para "caçadora", Mel era mansa e extremamente carinhosa. Jovem, forte e vigorosa, era feliz no parque, sempre acompanhando o vigilante, em suas rondas de moto.



Em novembro último, uma sucessão de acontecimentos tristes encerrou essa cena que já estava incorporada ao cotidiano do parque: o vigilante de moto, a Mel seguindo. O vigilante foi afastado de suas funções e deixou seu posto no parque. Pelos dias seguintes, Mel passou a ficar amuada, recusando-se a comer. Depois desapareceu. Por três ou quatro dias, por mais que se procurasse, ninguém a encontrava. 

No dia 20 de novembro de 2010, Mel foi encontrada morta. 

O funcionário que a encontrou relatou ter notado um ferimento grave em seu pescoço. Suspeitou-se de uma mordida de capivara. Mas, pela descrição, não acreditamos. Capivaras, quando acuadas ou com filhotes, mordem no intuito de se defender - e de forma desordenada, provocando múltiplos cortes. Um único ferimento certeiro e no pescoço não parece ser coisa de capivara: picada de cobra parece o mais provável.

Em todo caso, Mel acabou vítima da nem sempre pacífica coexistência entre cachorros e bichos-do-mato. Fato é que o parque - uma unidade de conservação ambiental - é para os animais silvestres, que matam e morrem dentro do "roteiro" competitivo e cruel da natureza. Os cães é que estão no lugar errado, por serem vítimas do abandono ou da negligência das pessoas que um dia os tiveram como animais de estimação. 

Por sabermos disso, é que temos como objetivo máximo e final da nossa ação no parque, remover de lá, se possível, todos os cães, encaminhando-os para lares regulares e responsáveis.

Com a querida Mel, um dos "originais" cães do parque, não foi viável, não foi possível, não houve tempo. 

Nos afeiçoamos fortemente a esses cães.
Sentimos muito perdas como essa.




Velhão

por Os Cães do Parque

Quem testemunhou, se lembra: ele foi abandonado próximo ao portão principal do parque, com casinha e tudo, deixada sobre a calçada. Por dias perambulou desorientado pela rua, até que finalmente entrou no parque e lá viveu por pelo menos dois anos - os últimos anos de sua vida.

Foi certamente um belo mestiço de pastor alemão quando novo e, no parque, o porte e o ar rabugento, serviam para disfarçar que era, na verdade, um cão medroso. Mais velho e mais carente dos cães do parque, o Velhão criou forte vínculo com a cadela Mel, a quem seguia por toda parte - pelo menos enquanto pôde.

Além da idade avançada e da coluna arqueada que o faziam caminhar com dificuldade, nos últimos tempos ele convivia com frequentes erupções de pele. Nós não sabíamos, mas eram sintoma da erliquiose (a "doença do carrapato"), que acabou por derrubá-lo em agosto de 2010. 
Medicado na UNIP
Por uma semana, ainda foi tratado no hospital veterinário da UNIP pelo doutor Lorenzetti e sua jovem equipe de formandos, com o mesmo carinho e atenção que dedicam aos "totós" - e para onde o levamos, carregando no colo para dentro e para fora do carro, a despeito do cheiro que exalava e do fato de urinar sem controle. 

Abrigado, dentro do possível, numa área restrita do parque, tentamos tudo o que foi possível para reanimá-lo: foram dias agasalhando-o, fazendo-o engolir comprimidos, alimentando-o na boca. Mas o Velhão estava cansado, não levantou mais e, no dia 14 de Agosto, um sábado gelado, ele foi embora.

Foi enterrado no parque onde, apesar de tudo, certamente viveu os tempos menos ruins de sua vida: o que pode ter sido a existência desse cão com alguém que, após possivelmente tê-lo mantido por longos anos num quintal, abandonou-o já idoso numa área pública?

Mas enquanto pessoas assim ainda existirem, haverá outras fazendo justamente o contrário, tentando colocar alguma dignidade no final de vida de velhos cães abandonados.


Nota: por terem nos ajudado a tentar salvar a vida do Velhão, gostaríamos de poder agradecer nominalmente à diretora do parque (cujos ofícios proporcionaram que ele fosse atendido na UNIP), aos funcionários e estagiários (que revezaram-se conosco na tarefa de transportá-lo e alimentá-lo). O compromisso de não identificar o parque nos impede. Contudo, fica aqui este registro.

Dorothi

por Os Cães do Parque


A gatinha pequena e mansa, de menos de um ano, foi recolhida e encaminhada para adoção no começo de outubro de 2010. Após ser castrada, foi anunciada na internet. Mas sua adoção se deu através de contatos de colaboradores do parque.

Em 24 de Outubro, foi adotada pela Priscilla e sua mãe - gateiras experientes - que a batizaram de Dorothi. Sim, Os Cães do Parque também encaminha gatos, sem qualquer preconceito! :)

Tunja

 por Os Cães do Parque


Em 5 de Outubro de 2010, a cadelinha de pelagem amarelada e cerca de 4 meses, apareceu no parque trazida por uma funcionária que, segundo apuramos, desejava encaminhá-la para adoção. Com a ajuda de uma colaboradora, conseguimos abrigá-la por alguns dias. Sequer chegamos a anunciá-la na internet porque já tínhamos alguns contatos de pessoas interessadas em adoções. Por e-mail, mostramos fotos dela para a Diana, que a quis na mesma hora.



Contudo - isso não sabíamos - ela chegou doentinha: manifestou a temível parvovirose e chegamos a pensar que iríamos perdê-la. Mas, medicada pelos veterinários da APASFA, reagiu rapidamente. Depois, foi castrada e também se recuperou com muita rapidez.


Tanta vontade de viver foi recompensada em 23 de Outubro. Adotada pela Diana, que já lhe aguardava há semanas, ganhou uma caminha nova e foi batizada com nome coreano: Tunja!



Não temos qualquer dúvida: a Tunja terá uma vida longa e feliz com a nova família! .. 

Pimenta e Clara

por Os Cães do Parque


Em 19 de Setembro de 2010, um domingo, mal havíamos nos recuperado do susto de ter encontrado, uma semana antes, a caixa com os 10 filhotes e mal tínhamos iniciado os procedimentos para encaminhar para adoção os 8 que estavam sob a guarda da Esther Rodrigues, encontramos mais uma surpresa no parque: duas cadelinhas miudinhas, quase idênticas, obviamente irmãs e aparentando 60 dias de vida, foram encontradas pelos vigilantes próximas de um dos portões de acesso ao complexo. 


Evidentemente, era mais um caso de abandono.


Diante da situação, não houve tempo para sentir ódio do tipo de gente que faz isso, abandonando animais inocentes numa área pública para que, com sorte, o "problema" chegue às mãos de pessoas que se incumbam dele.


Nós, no caso.


Não poderíamos entregá-las à Esther, já sobrecarregada. Ignorar as peraltas e famintas vira-latinhas, impossível. Como única idéia que ocorreu, pelo celular, localizamos uma senhora conhecida, funcionária e residente do parque, que sabíamos ser amiga e protetora dos cães.


Ela concordou em abrigar as duas cachorrinhas provisoriamente, enquanto nos encarregássemos das adoções: MAIS DUAS adoções! E pensávamos: haverá lares para onde possamos encaminhar tantos cachorrinhos?


Na semana seguinte, enquanto começávamos a divulgação das adoções no twitter, a Esther tratou de incluir as nossas duas novas tuteladas no pacote de castrações.




Em 9 de Outubro, 20 dias após as termos encontrado, a primeira das irmãs foi adotada: a Patrícia viu o anúncio na internet, entrou em contato e veio buscar a filhote mais gorduchinha, a quem batizou de Clara.




 

Mas o melhor veio na semana seguinte. A postagem da montagem ao lado, no twitter e no site Animais para Adoção provocou uma avalanche de e-mails de pessoas encantadas e sensibilizadas com olhar da cachorrinha, que "reclamava" de a irmã já ter sido adotada e ela ainda não.

Marketing? Pode ser, mas o fato é que pudemos calmamente escolher para quem deveríamos entregar a repentinamente cobiçada criaturinha.




E escolhemos entregá-la a uma família do bairro do Morumbi, de um médico e de uma administradora, sem outros animais e sem crianças que, além das boas condições, demonstraram outra coisa que a gente adora: convicção!

Toda enfeitada, a sorridente e charmosa Pimenta, no banco de trás do carro, indo para sua nova casa





E foi assim que, em 16 de Outubro, a Rossana  recebeu a cachorrinha que ela tanto quis: e já a aguardava com ração, caminha, roupinha e brinquedos. Ela já tinha inclusive um nome (apropriadíssimo) escolhido para ela: Pimenta!



De nascida sabe-se Deus onde e abandonada num parque público da Zona Norte, a Pimenta foi ser patricinha lá no Morumbi. Foi ser a criança da casa e viver uma vida de mimos e de muito carinho, em uma das adoções mais bem sucedidas que promovemos.

Cachorro não tem consciência dessas coisas. Não sabem o que é bonito e o que é feio, o que é riqueza e o que é pobreza. Amarão igualmente um mendigo ou um príncipe, desde que o reconheçam como protetor.

Cachorro não tem essa consciência.
Mas nós temos!
E, confessamos, nos divertimos muito em fazer essa "ponte" entre um cão abandonado e seu adotante e em imaginar que a vida dele poderá ser muito melhor do que a da pessoa que um dia o descartou, como fosse um objeto.

E, pensando na Clara, na Pimenta e em suas adotantes, lembramos de um dos "refrões" que mais gostamos de usar: quem compra cachorro é BREGA, gente CHIQUE adota um vira-lata!

A Caixa

por Os Cães do Parque 


No final da tarde do dia 12 de Setembro de 2010, um domingo de muito calor, estávamos saindo do parque, que havia estado cheio de visitantes durante todo o dia, quando vimos dois meninos andando com filhotinhos de cachorro nas mãos. Imediatamente os indagamos, para saber de onde tinham saído aqueles filhotes e se eram deles. E as crianças nos informaram e nos levaram até a "fonte": na calçada, rente ao portão principal do parque, uma caixa de madeira havia sido deixada lotada de filhotes que aparentavam pouco mais de 30 dias de vida. 

Uma folha de papel sulfite grudada à caixa, escrita em computador, dava um recado revoltante: "doa-se cachorros, favor retirar".

Nervosos, tentamos investigar para saber quem era o responsável por aquela patifaria. Na frente do parque, lotada de vendedores ambulantes, guardadores de carro e transeuntes, ninguém sabia informar direito, aparentemente ninguém vira nada.

- Foi um japonês, ele já vai voltar.
- Foi um boliviano. Ele deixou aí e foi embora.

Pelo cheiro exalado pela caixa, com o fundo coberto de excrementos, era claro que ela estava ali há horas. Os dez filhotes, desesperados, desidratados e famintos, subiam uns sobre os outros na tentativa de sair de lá. E ninguém vira nada. Pior, ninguém se importava.

Tiramos os cães das mãos das crianças e tratamos de tomar para nós o controle da situação - e a posse dos cães. O tempo passava e ninguém aparecia - nem japonês, nem boliviano ou quem fosse o possível dono dos cachorrinhos. Ignorar os desesperados filhotes era impossível. No parque, não havia ninguém que nos pudesse auxiliar: com a diretora ausente, ninguém poderia autorizar que os abrigássemos, ainda que provisoriamente, em algum local lá dentro.

Começava a anoitecer e a frente do parque começava a esvaziar. Nessa altura, fizemos algo do que nos arrependeríamos depois. Permitimos que dois dos filhotes fossem levados por pessoas que nos pediram. Um adolescente muito educado nos garantiu que já havia pedido autorização para os pais e levou um filhote macho. Uma família - pai, mãe e filha - gostou de uma cadelinha de pelagem clara, a pegaram no colo e abraçaram sem se importar com o cheiro que exalava, agradeceram e a levaram.

Ainda assim, restavam em nossas mãos, 8 filhotes - e ninguém, além de nós, para evitar que simplesmente ficassem ali, naquela caixa, na calçada, até morrerem. 

Pelo celular, localizamos a protetora Esther Rodrigues. Havíamos conhecido a Esther pouco tempo antes e ela é o que, algum tempo depois, passaríamos a chamar de "protetora tradicional": uma de tantas senhoras que dedicam a vida a resgatar e tratar animais de rua, acolhendo-os, da maneira que podem, dentro de suas próprias casas.

Ela aceitou recebê-los. Colocamos a caixa mal cheirosa no porta-malas e fomos para a casa dela. 

Lá, examinando-os com a experiência de quem já viu milhões de filhotes, Esther atestou que os cachorrinhos - 4 fêmeas e 4 machos - tinham em torno de 60 dias de vida e que poderiam ser imediatamente castrados, procedimento do qual ela não abriria mão, para encaminhá-los para adoção. Nem nos passava pela cabeça que cães tão novinhos pudessem ser castrados, nem tampouco compreendemos de imediato a absoluta obrigatoriedade daquilo.

Primeiras fotos no abrigo: em breve, eles seriam a Nikita, o Platão e o Bob.


Ela também providenciaria que recebessem a primeira de três doses da vacina V10 - que imuniza os cães contra as principais viroses. 

Combinamos com a Esther de cobrir as despesas com castrações e vacinas, de fornecer rações, vermífugos e produtos de limpeza, além de tentar viabilizar as adoções.


Em 02.10, por contato do twitter, a Alessandra (@lika_mt) adotou o cachorrinho e o batizou como "Platão".

Nos dias que se seguiram, ao entrar e sair da casa da Esther para visitar e fotografar os filhotes, levar os produtos e os valores combinados, convivendo com seus assuntos, suas muitas histórias e dificuldades e também com as dezenas de cães que ela abriga da forma que pode, aprendemos praticamente tudo o que sabemos sobre preparar e encaminhar cães para adoção. 

A postagem no twitter coincidia com o Dia de São Francisco (e também Dia dos Animais): eles seriam todos adotados.

Os caminhos para se conseguir castrações a baixo custo (e a absoluta necessidade do procedimento) e a importância de se ter um documento assinado pelo adotante, foram coisas que aprendemos com a Esther. Observando, aprendemos também pelo sentido contrário, concluindo o que nós não deveríamos fazer. 


Adoções em 09.10, a Ana e a Mika Lins com o Bob e a Aiko, filha da Márcia Yoshinaga , com o Toby.

Dos 8 cachorrinhos, nós conseguimos a adoção de 4, através de contatos do twitter e do site Animais para Adoção que, a partir dessa ação, tornou-se indispensável parceiro. Os outros 4, a própria Esther conseguiu encaminhar, através da feirinha de adoções do Projeto CEL.

Dois dos adotados no Projeto Cel
 
Foram 34 dias até que o último filhote da caixa fosse entregue: 34 dias que mudaram completamente nossa visão como protetores e que nos "equiparam" para continuar fazendo aquilo, mais e melhor, como atividade permanente.


Em 16.10, a última filhote da caixa foi adotada pelo Matheus e pela Lilian e ganhou o nome de Nikita.


Um fato: "Os Cães do Parque" tem sua história dividida entre antes e depois da caixa.

Bebê

por Os Cães do Parque

Em 22 de Agosto de 2010 nas proximidades do parque, a linda cadelinha foi resgatada, quando zanzava perigosamente entre os carros. Jamais saberemos se foi abandonada ou se estava perdida. Nas imediações, ninguém soube informar se ela tinha dono.

Abrigada por poucos dias, inaugurou as postagens criativas no twitpic.


O bichinho carismático despertou paixões na internet e o interesse de várias pessoas, o que nos permitiu escolher o melhor adotante.












Em 28 de Agosto, a entregamos para a Maira.


Nós já a chamávamos de "Bebê" e esse, na nova casa, continuou sendo seu nome.

Julie e os sete bebês do parque

Por Fábio Pegrucci



Em Abril de 2010, por conta própria e com alguma colaboração da administração (conquistada a duras penas) já estávamos, a Alessandra e eu, promovendo castrações em cadelas "residentes" no parque. Loirinha, Dentinho e a amalucada Preta já haviam sido castradas. Ainda não conhecíamos os caminhos para conseguir castrações a preços baixos e as três cirurgias, realizadas em uma clínica particular, haviam nos custado um valor bem expressivo.

Mais que isso, a "estadia" das três cadelas por vários dias no quintal da administração do parque, havia provocado algum desagrado por parte dos funcionários, apesar da boa vontade da diretora.

Fato é que estávamos estressados e tudo o que não queríamos era que mais cães abandonados aparecessem no parque. Contudo, lá estavam eles: uma cadela peluda e baixinha e um cão macho, de aparência bem parecida, surgiram no portão de entrada. Por alguns sinais, para nós óbvios, notamos rapidamente quando um cão é "de rua" ou quando foi deliberadamente abandonado. E aqueles dois eram, certamente, nitidamente, cães de uma residência, criados juntos e que alguém despejara ali, provavelmente à noite, de dentro de um carro.

Permaneceram juntos e zanzando desorientados por vários dias pelas imediações do portão do parque, dormindo na calçada e se escondendo debaixo dos carros. Muito arredios e medrosos, mal permitiam que nos aproximássemos. Pior que isso ainda: a cadelinha estava no cio e, logo, atraiu vários cães das imediações para dentro do parque, onde acabou se instalando.

Eu poderia ter intercedido, sim. Confesso que, por um bom tempo, me arrependeria por não tê-lo feito. Mas o cansaço já causado pelas ações anteriores, a pouca organização e experiência da época e o fato da cadela ser muito arredia, fez com que a situação prosseguisse para o óbvio: em alguns dias, os machos todos desapareceram (inclusive o que fora abandonado que, se nunca houvera sido um cão de rua, com certeza passou a sê-lo), mas a cadelinha ficou. Ficou e foi engordando, ali sozinha no parque, onde encontrou algum abrigo.

Barrigudinha, algumas semanas depois, fixou-se na entrada do parque, recebendo atenção e alimento dos porteiros e de alguns frequentadores. Logo, começaram a aparecer vasilhas de água e comida, papelões e tapetinhos para que ela se deitasse. Como acontece muitas vezes diante de tais situações, pessoas se apiedam, se comovem. Mas dificilmente alguém assume para si a responsabilidade - que inevitavelmente implica em muito trabalho e custos financeiros.

Bati na porta da diretora. Fiz com que visse que a situação estava se tornando constrangedora para o parque. E, se ela me deixasse abrigar a cachorra no quintal da administração, isolaríamos o problema. Eu me responsabilizaria por cuidar dela e das crias até que desmamassem e pudessem ser adotadas. E que em pouco mais de um mês, tudo estaria terminado.

Confesso que não tinha muita idéia de como faria tudo aquilo, nada entendia sobre partos, cuidados com filhotes e nem mesmo sobre como conseguir adoções. Mas assumi os riscos.

No dia seguinte, a Alessandra e eu levamos a cachorrinha grávida no colo (ela se recusou a andar na coleira) até a administração e a instalamos lá. Uma grande caixa de papelão forrada com carpetes lhe serviria de "ninho" e passamos a ir até lá quase que diariamente para alimentá-la.

Duas semanas depois, na manhã do dia 8 de Julho, quando por coincidência eu estava na administração do parque para uma reunião, a Julie entrou em trabalho de parto. Também por coincidência, nessa mesma manhã, eu havia chamado veterinários de uma ONG para que fossem até lá para examiná-la. Mas, quando eles chegaram, nada puderam fazer além de acompanharem comigo e a uma distância segura, os primeiros nascimentos. Quatro cachorrinhos nasceram naquele dia, no espaço de algumas horas, e tudo indicava que o parto acabara. 

No dia seguinte, porém, ao retornar ao parque para alimentar a Julie, vi perninhas e rabinhos demais naquela caixa: contei e recontei a ninhada algumas vezes até concluir que eram SETE e não quatro - mais três filhotes haviam nascido, provavelmente durante a noite.

Primeiras fotos dos filhotes (Bolinha, Apolo, Penélope e Raja), nove dias após o nascimento, ainda de olhos fechados

Pelos quarenta e cinco dias seguintes, cuidar e acompanhar o crescimento dos lindos cachorrinhos (quatro machos e três fêmeas) passou a ser uma tarefa quase diária. Foi no meio dessa história que conhecemos a Soraia - por causa de um outro cão, em história contada em outra postagem - e ela também ajudou demais nos cuidados com a Julie e a ninhada.

Raja, Penélope, Bolinha, Apolo e Luna: 15 dias após o nascimento

Com os belos filhotes tornando-se a atração da administração do parque, aquela que deveria ser uma operação quase "secreta" e um compromisso apenas meu para com a diretora, acabou atraindo muitos "pais" e "mães" para os pequenos, todos funcionários do complexo. Pessoas que não enxergaram a cachorra prenhe abandonada no parque, mas se encantaram com seus filhotes lindos e gordinhos. Houve um momento em que parecia haver mais candidatos a adotantes do que cães, tal era a disputa por eles. 

Nessa altura, a pouca prática e os conhecimentos que apenas um pouco mais tarde nós iríamos adquirir para promover adoções da forma correta e responsável, fez com que perdêssemos um pouco o controle da situação.

Fato é que os cachorrinhos acabaram sendo adotados de forma um pouco desordenada, por funcionários e pessoas ligadas ao parque. 

Coube a nós promover, realmente, apenas uma adoção: Raja, justamente a única a não encontrar um adotante no parque, foi entregue para a Fernanda Beolchi, que chegou a nós por contato do twitter, em 11 de Setembro. Rebatizada como "Nicole", é certamente a que ganhou o melhor lar e a melhor adotante de todos na ninhada.

Marley, com cerca de 3 meses
Luna e Penélope, com cerca de 4 meses


Mas e a Julie, o que foi feito dela?


A parte acidentada da vida da cachorrinha que gerou, no parque, a mais linda ninhada de vira-latas que já conhecemos, ainda demorou um pouco para acabar. Passou alguns meses com os mesmos adotantes das filhas Luna e Penélope e, depois de muitas indefinições sobre se aquele seria ou não o seu lar definitivo, resolveu-se que não: era preciso buscar um destino para ela.

E coube a mim, mais uma vez, interceder, assumir a responsabilidade e encontrar o destino dela. Sabendo do quanto é difícil conseguir adoção de cães já adultos, divulguei amplamente. Em dezembro de 2010, a possibilidade de adoção surgiu através de contato do meu twitter. De Brasília, a Juliana Buzzinaro indicou a adoção para sua mãe e irmão, que moram no interior de São Paulo - eles haviam perdido uma cadela muito querida há algum tempo e viram com bons olhos a adoção de uma outra já crescida. 

Trabalhamos ainda durante algumas semanas na "socialização" da Julie: cachorrinha rabugenta, pouco afeita a coleiras, foi "ensinada" a andar com a guia, a entrar em carros sem sentir medo e a se separar das filhas. Parece que deu certo.


Passadas as festas de fim de ano, em 15 de Janeiro de 2011, a Cristina e o Dante vieram a São Paulo e levaram com eles a Julie, a quem rebatizaram como "Yumi". Ela agora mora com o Dante, em Americana, e, pelo que sabemos, parece que está indo bem.

Alguns cães cujas adoções promovemos, passam pouco tempo pela vida da gente, poucas semanas, às vezes apenas alguns dias. A Julie (agora Yumi) passou quase um ano. A passagem dela e de sua ninhada nos marcou, não só pelo tempo, mas pelo aprendizado que nos proporcionou - inclusive pelos erros que nos ensinou a não mais cometer.

Entre as inúmeras lembranças da longa história, o vídeo abaixo: no quintal da administração do parque, nós, a Julie e seus inesquecíveis sete bebês.